ATA DA OCTOGÉSIMA PRIMEIRA
SESSÃO ORDINÁRIA DA SEGUNDA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA SEXTA
LEGISLATURA, EM 17-9-2014.
Aos dezessete dias do mês
de setembro do ano de dois mil e quatorze, reuniu-se, no Plenário Otávio Rocha
do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre. Às quatorze horas
e quinze minutos, foi realizada a segunda chamada, respondida pelos vereadores
Airto Ferronato, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Clàudio Janta,
Elizandro Sabino, Fernanda Melchionna, Guilherme Socias Villela, João Carlos
Nedel, Kevin Krieger, Lourdes Sprenger, Mario Fraga, Mauro Pinheiro, Mônica
Leal, Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum e Tarciso Flecha
Negra. Constatada a existência de quórum, o Presidente declarou abertos os
trabalhos. Ainda, durante a Sessão, compareceram os vereadores Alceu Brasinha,
Delegado Cleiton, Dr. Thiago, Engº Comassetto, Idenir Cecchim, Jussara Cony,
Marcelo Sgarbossa, Márcio Bins Ely, Nereu D'Avila, Pedro Ruas, Reginaldo Pujol,
Rodrigo Maroni, Séfora Mota, Sofia Cavedon e Waldir Canal. À MESA, foram
encaminhados: o Projeto de Lei do Legislativo nº 190/14 (Processo nº 2041/14),
de autoria do vereador João Carlos Nedel; o Projeto de Lei do Legislativo nº
188/14 (Processo nº 2027/14), de autoria do vereador Marcelo Sgarbossa; e o
Projeto de Lei do Legislativo nº 187/14 (Processo nº 2022/14), de autoria do
vereador Márcio Bins Ely. Também, foi apregoado o Ofício nº 836/14, do
Prefeito, encaminhando o Projeto de Lei do Executivo nº 030/14 (Processo nº 2133/14).
Do EXPEDIENTE, constou o Ofício nº 891/14, de Marcos Alexandre Almeida,
Coordenador de Filial da Gerência Executiva de Governo de Porto Alegre da Caixa
Econômica Federal. Também, foi apregoado o Memorando nº 039/14, de autoria do
vereador Alberto Kopittke, solicitando autorização para representar
externamente este Legislativo no ato de assinatura do Termo de Cooperação
Técnica entre a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República –
SDH – e a Secretaria Estadual da Justiça e dos Direitos Humanos – SJDH –, no
dia de hoje, em Porto Alegre. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, pronunciaram-se os
vereadores Mario Fraga, Engº Comassetto, Bernardino Vendruscolo, Paulinho
Motorista, Clàudio Janta, Sofia Cavedon, Alceu Brasinha e Idenir Cecchim. Às
quinze horas e oito minutos, constatada a existência de quórum, foi iniciada a
ORDEM DO DIA. A seguir, foram aprovados Requerimentos verbais formulados pelos
vereadores Dr. Thiago e Idenir Cecchim, solicitando alteração na ordem de
apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Discussão Geral e Votação,
foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 051/12 (Processo nº 0626/12). Durante a apreciação do Projeto de Lei do
Legislativo nº 051/12, o vereador Mauro Pinheiro afastou-se da presidência dos
trabalhos, nos termos do artigo 22 do Regimento. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo nº 165/12 (Processo nº
2189/12), por dezoitos votos SIM e dois votos NÃO, após ser discutido pela
vereadora Fernanda Melchionna e encaminhado à votação pela vereadora Fernanda
Melchionna e pelo vereador Engº Comassetto, em votação nominal solicitada pelo
vereador Clàudio Janta e pela vereadora Fernanda Melchionna, tendo votado Sim
os vereadores Alceu Brasinha, Bernardino Vendruscolo, Cassio Trogildo, Delegado
Cleiton, Elizandro Sabino, Engº Comassetto, Guilherme Socias Villela, João
Carlos Nedel, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Mario Fraga, Mônica Leal, Nereu
D'Avila, Paulo Brum, Rodrigo Maroni, Séfora Mota, Tarciso Flecha Negra e Waldir
Canal e votado Não os vereadores Fernanda Melchionna e Pedro Ruas. Em Votação,
foi rejeitado o Requerimento de adiamento da discussão do Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 015/14 (Processo nº 1419/14) por três sessões,
por sete votos SIM e dezoito votos NÃO, em votação nominal solicitada pelo
vereador Nereu D’Avila, tendo votado Sim os vereadores Bernardino Vendruscolo,
Fernanda Melchionna, Jussara Cony, Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa, Pedro
Ruas e Sofia Cavedon e votado Não os vereadores Alceu Brasinha, Cassio
Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino, Guilherme Socias
Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Mario Fraga, Mônica Leal, Nereu
D'Avila, Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol,
Séfora Mota, Tarciso Flecha Negra e Waldir Canal. A seguir, foi aprovado
Requerimento verbal formulado pelo vereador Mario Fraga, solicitando alteração
na ordem de apreciação da matéria constante na Ordem do Dia. Em Renovação de
Votação, foi rejeitada a Emenda nº 01 aposta ao Projeto de Lei do Legislativo
nº 006/14 (Processo nº 0149/14), por seis votos SIM, quatorze votos NÃO e uma
ABSTENÇÃO, após ter sido encaminhado à votação pela vereadora Fernanda
Melchionna, em votação nominal solicitada pelo vereador Mario Fraga, tendo
votado Sim os vereadores Clàudio Janta, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim,
Lourdes Sprenger, Marcelo Sgarbossa e Tarciso Flecha Negra, votado Não os
vereadores Airto Ferronato, Alceu Brasinha, Cassio Trogildo, Elizandro Sabino,
Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, Mario Fraga, Mônica Leal, Nereu
D'Avila, Paulinho Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Séfora Mota e Waldir
Canal e optado pela Abstenção a vereadora Sofia Cavedon. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 015/14
(Processo nº 1419/14), por vinte e um votos SIM e quatro votos NÃO, após ser
discutido pela vereadora Sofia Cavedon e encaminhado à votação pelos vereadores
Marcelo Sgarbossa e Sofia Cavedon, em votação nominal solicitada pela vereadora
Fernanda Melchionna, tendo votado Sim os vereadores Airto Ferronato, Alceu
Brasinha, Cassio Trogildo, Clàudio Janta, Delegado Cleiton, Elizandro Sabino,
Guilherme Socias Villela, Idenir Cecchim, João Carlos Nedel, Márcio Bins Ely,
Mario Fraga, Mônica Leal, Nereu D'Avila, Pablo Mendes Ribeiro, Paulinho
Motorista, Paulo Brum, Reginaldo Pujol, Rodrigo Maroni, Séfora Mota, Tarciso
Flecha Negra e Waldir Canal e Não os vereadores Fernanda Melchionna, Marcelo
Sgarbossa, Mauro Pinheiro e Sofia Cavedon. Durante a apreciação do Projeto de Lei
Complementar do Legislativo nº 015/14, a vereadora Fernanda Melchionna cedeu
seu tempo de discussão à vereadora Sofia Cavedon. Na oportunidade, apresentaram Declaração
de Voto ao Projeto de Lei Complementar do Legislativo nº 015/14, conjuntamente,
os vereadores Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel e Mônica Leal. Em
Discussão Geral e Votação, esteve o Projeto de Lei Complementar do Legislativo
nº 019/13 (Processo nº 1066/13), o qual obteve oito votos SIM e cinco votos
NÃO, após ser discutido pela vereadora Lourdes Sprenger, em votação nominal
solicitada pelo vereador João Carlos Nedel, tendo votado Sim os vereadores
Delegado Cleiton, Fernanda Melchionna, Idenir Cecchim, Lourdes Sprenger,
Marcelo Sgarbossa, Mauro Pinheiro, Rodrigo Maroni e Séfora Mota e votado Não os
vereadores Guilherme Socias Villela, João Carlos Nedel, Mario Fraga, Mônica
Leal e Nereu D'Avila, votação essa declarada nula pelo Presidente, em face da
inexistência de quórum deliberativo. Às dezesseis horas e vinte e três minutos,
constatada a inexistência de quórum deliberativo, o Presidente declarou
encerrada a Ordem do Dia. Em PAUTA, Discussão Preliminar, estiveram: em 1ª Sessão, o Projeto de
Lei Complementar do Legislativo nº 017/14, discutido pelo vereador Marcelo
Sgarbossa, os Projetos de Lei do Legislativo nos 354/13, este
discutido pela vereadora Sofia Cavedon, 139/14, este discutido pelo vereador
Idenir Cecchim, 158 e 196/14; em 2ª Sessão, o Projeto de Lei Complementar do
Legislativo nº 013/14. Durante a Sessão, os vereadores Dr. Thiago, Sofia
Cavedon, Mario Fraga, Nereu D’Avila, Lourdes Sprenger e Elizandro Sabino
manifestaram-se acerca de assuntos diversos. Às dezesseis horas e trinta e oito
minutos, o Presidente declarou encerrados os trabalhos, convocando os vereadores para
a Sessão Ordinária da
próxima segunda-feira, à hora regimental. Os trabalhos foram presididos pelos
vereadores Mauro Pinheiro e Delegado Cleiton e secretariados pelo vereador
Guilherme Socias Villela. Do que foi lavrada a presente Ata, que, após
distribuída e aprovada, será assinada pelo 1º Secretário e pelo Presidente.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Apregoo o Memorando nº 039/2014, de autoria do Ver.
Alberto Kopittke, que solicita representar esta Casa no Ato de Assinatura do
Termo de Cooperação Técnica entre a Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República – SDH e a Secretaria Estadual da Justiça e dos
Direitos Humanos – SJDH, objetivando a cooperação entre as ouvidorias das duas
pastas, a realizar-se no dia 17 de setembro de 2014, às 16h, no Salão Alberto
Pasqualini do Palácio Piratini, em Porto Alegre, sem ônus para a Câmara.
O Ver. Mario Fraga está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. MARIO
FRAGA: Boa tarde, Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Ver. Guilherme Socias
Villela; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores; público que nos assiste nas
galerias e pela TV Câmara; o Ver. Comassetto foi muito feliz ao fazer um
comentário, quando eu estava me dirigindo à tribuna. Um dos temas que ia falar
era exatamente esse, Ver. Comassetto: não agradecer a oposição, mas a todos os
Vereadores que nos apoiaram, apoiaram o projeto do Prefeito Fortunati, na
última segunda-feira aqui, projeto sobre os empréstimos que irão para melhorias
da nossa Cidade. Com certeza, este líder do Governo não tem o que reclamar da
oposição. A oposição pode até votar contrário ao projeto, mas, pelo menos, dá o
quórum necessário sempre aqui; já que todos sabem que têm muitos Vereadores que
estão na campanha eleitoral. Eu acho muito justo alguns Vereadores se
ausentarem por alguns momentos e, logo depois, voltarem ao plenário. Dou o
exemplo do Ver. Clàudio Janta, que está em campanha eleitoral e está aqui – não
estou fazendo campanha para ele por não ser do meu Partido, é lógico, citei-o
só para dar uma referência, para não complicar o Ver. Clàudio Janta, que está
presente. Na segunda-feira, às 17h, estávamos com um quórum de 27 Vereadores
presentes aqui, mesmo estando, a maioria dos Vereadores, em campanha.
Então, quero agradecer aos Vereadores que estavam
aqui na segunda-feira para ajudar a Prefeitura Municipal de Porto Alegre a
aprovar dois projetos: o Centro Andino de Financiamento, com um projeto de R$
85 milhões; e o projeto do Banco do Brasil, com R$ 20 milhões, que irão
beneficiar a máquina administrativa e a máquina de obras da cidade de Porto
Alegre.
Um segundo tema é para dar parabéns à comunidade do
Extremo Sul. Tivemos lá a visita de muitos Vereadores, muitos Deputados,
inclusive um candidato a Governador do Estado esteve na festa de Nossa Senhora
de Belém; a nossa igreja do bairro fez 134 anos; mais de 600 pessoas foram ao
nosso almoço e mais de 2.000 pessoas assistiram ao desfile promovido pelo CTG
Nena Barulho, hoje conduzido pelo neto do Nena Barulho, o Ismael Fagundes
Vieira, mais conhecido na nossa comunidade como Patrão. Ele faz um trabalho
brilhante, há nove anos ele está à frente do desfile Farroupilha de Belém Novo,
e já está prometendo para o ano que vem, Ver. Bernardino, fazermos, na Praça
Inácio Antônio da Silva, na frente da Igreja Nossa Senhora de Belém, um
acampamento Farroupilha. Já entramos com um pedido junto à SMAM para nos
conceder a autorização para colocarmos, na praça, dez piquetes e com o nosso
galpão seriam onze piquetes instalados durante todo o mês de setembro. Já que
temos apenas um galpão que é conduzido pelo Piquete Nena Barulho, o qual tem o
Patrão, o Ismael, já faz um sucesso, pois houve quase duas mil pessoas vendo o
desfile, que teve as presenças da Polícia Civil, da Brigada Militar, dos
Bombeiros; do Núcleo Comunitário Belém Novo, que foi homenageado pelo Ver. Dr.
Thiago na última segunda-feira, se apresentou com danças, com lutas artísticas,
com um tema diferenciado como o tango, um casal deu um show no meio da rua.
Ver. Mauro Pinheiro, estamos agradecendo e dando os
parabéns à nossa comunidade pela festa igreja Nossa Senhora de Belém e pelo
Piquete Nena Barulho, do Ismael, mais conhecido na nossa região como Patrão.
Então, um grande abraço a todos; e agradecemos a todos que estiveram presentes
na nossa comunidade. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. ENG.º
COMASSETTO: Sr. Presidente, Mauro Pinheiro, cumprimentando o senhor, em nome do meu
Partido, cumprimento também o Ver. Professor Garcia, para o qual desejamos o
pronto restabelecimento do seu acidente; venho aqui a esta tribuna dialogar com
os colegas Vereadores e Vereadoras, principalmente, com o Líder do Governo, e
com aqueles Vereadores que têm relação direta com as Secretarias que são
responsáveis pelas aprovações de projetos na cidade de Porto Alegre.
A cidade de Porto Alegre está paralisada no que diz
respeito à aprovação de projetos, sejam eles projetos de urgência, ou projetos
estruturais, Ver. Mario Fraga. A nossa Bancada do Partido dos Trabalhadores,
bem como as Bancadas de oposição – o PCdoB e o PSOL –, na última Sessão aqui,
garantiu o quórum e demos o voto “sim” – que foi o caso do meu voto – à aprovação
dos projetos de captação de recursos para o Município de Porto Alegre. Agora,
essa captação de recursos que nós temos tido para Porto Alegre, que é a maior
captação da história recente da República Brasileira, no que diz respeito a
recursos do Governo Federal para Porto Alegre, sejam eles: a fundo perdido, a
título de empréstimos, todos recursos para investimentos na cidade de Porto
Alegre. O que acontece? Quando os recursos chegam aqui, a morosidade que existe
para aprovação dos projetos, acaba levando, em muitas vezes, muito mais tempo
para serem implementados do que o tempo real. E todos sabem aqui que, quando é
dado o início dos projetos de engenharia, por problemas de execução, ou da
aprovação de projetos, a obra tem que ser paralisada, isso significa que essa
obra custará 30% a mais. E de onde saem esses recursos? Saem dos cofres
públicos, do dinheiro público, muitas vezes por ineficiência ou incompreensão
da gestão pública Municipal.
Eu vou dar outro exemplo, os projetos do Minha
Casa, Minha Vida, em Porto Alegre, não conseguem ser aprovados – tanto os
projetos do Executivo quanto os projetos das entidades – pela morosidade, pela
falta de entendimento entre as Secretarias e dentro das próprias Secretarias de
como conduzir e encaminhar os projetos. Foram criadas as comissões especiais, a
CADAP, entre outras; foi criado o Inovapoa; foi reestruturada a Secretaria
Municipal de Urbanismo – SMURB. E nós queremos, sim, ajudar, dialogar,
reestruturar o sistema que for necessário para que os projetos possam ser
aprovados na cidade de Porto Alegre, prezado Pablo – o senhor que nos dá o
prazer de sua companhia, quero cumprimentá-lo e também cumprimentar o sempre
Deputado Mendes Ribeiro, desejando sua recuperação no processo que vem
enfrentando.
Concluo, Presidente, dizendo que um engenheiro ou
arquiteto que se forma e quer ficar em Porto Alegre, que pega um prédio da
família para regularizar ou para construir, ele tem que abandoná-lo, e tem que
ir embora da Cidade, e ainda é chamado de incompetente pela família, porque se
passam vários anos e não se consegue aprovar um projeto de arquitetura, de
urbanismo na cidade de Porto Alegre em um tempo rápido, eficiente e
transparente. Eu venho aqui também para dizer que queremos contribuir com esse
processo, qualificar essa sistemática para que a Cidade venha ganhar, venha se
qualificar, porque não dá para levar de um a quatro anos para aprovar um
projeto na Cidade de Porto Alegre. Muito obrigado, um grande abraço a todos.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Bernardino Vendruscolo está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR.
BERNARDINO VENDRUSCOLO: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; senhoras e
senhores, o Ver. Mario Fraga, em seu pronunciamento, disse que pretende
instituir um acampamento Farroupilha lá na Zona Sul. Eu quero lhe dizer que é
muito propício, sim, até porque não se tem mais espaço para contemplar todos os
pretendentes, e a Zona Sul de Porto Alegre é onde tem o maior número de
animais, de cavalos, no Rio Grande do Sul. A Zona Sul de Porto Alegre é onde
nós temos, realmente, uma quantidade muito grande de animais. E muitos
tradicionalistas residem na zona rural e zona urbana da Zona Sul de Porto
Alegre. Claro, espero que V. Exa. tenha sorte, que tenha condições de ver isso
concretizado, mas tenho certeza de que, se esperar pelo Prefeito Fortunati,
isso não vai acontecer. Esqueça! V. Exa. vai ter que trabalhar muito para isso.
Nós temos um projeto de minha autoria, a Lei Museu do Gaúcho, e nada foi feito;
o Parque Temático da Cultura e do Folclore Gaúcho, de minha autoria também, e
nós derrubamos o Veto do Prefeito aqui, e nada foi feito. Então, se V. Exa.
esperar pelo Executivo, só na outra encarnação! De qualquer sorte, eu o
cumprimento e tenho certeza de que não só este Vereador, mas também os demais
vão apoiá-lo nessa empreitada, que eu acho muito salutar.
O Ver. Cecchim, com um projeto, pretende e vai
agilizar ou resolver as questões da burocracia dos nossos alvarás aqui em Porto
Alegre. Valeu muito a sua experiência como Secretário da SMIC, e V. Exa. é
sabedor, também, das dificuldades dos nossos comerciantes, dos nossos
empresários de um modo geral. Acertou muito e eu quero cumprimentá-lo por isso.
Depois V. Exa. me diga como conseguimos uma notinha na imprensa, porque eu não
consigo divulgar...
E vou aproveitar o meu tempo para dizer que esta
Casa aprovou um projeto de minha autoria que reduz em 50% o ISSQN das agências
de locação de mão de obra. E ontem, logo que eu falei, o Ver. Pedro Ruas veio a
esta tribuna dizer que o PSOL é contra a redução de impostos para grandes
empresas e bancos. Eu também sou! Só que o discurso veio logo depois da minha
fala e deu a entender que eu estaria pleiteando alguma facilitação para os
grandes empresários. Para banco, então, nem pensar! V. Exa. tenha certeza de
que eu estarei me somando a essa luta. Aliás, os que mais sonegam o ISSQN no
País são os bancos, tanto é que os bancos foram os que primeiro começaram a
colocar a sede das empresas de consórcio e leasing
nos longínquos Municípios do Estado e do Brasil para usufruir a redução do
ISSQN. Porque a legislação, naquela oportunidade, determinava que a cobrança do
ISSQN era na sede da empresa, não onde teria acontecido o fato gerador, o
serviço prestado. Hoje é um pouco diferente, a legislação atualizou, e a
cobrança do ISSQN é no Município em que aconteceu o serviço, exatamente onde
ocorreu o fato gerador. Então, quero cumprimentar V. Exa. por isso.
Mas eu estou nessa empreitada, Ver. Cecchim, não é
uma brincadeira, é um pronunciamento salutar e, Vereador e Prefeito Villela, de
forma a deixar registrado aqui. Já que eu não consigo ver contemplado o meu
projeto – que é um baita de um projeto! – na mídia, eu aproveito este canal de
comunicação. Resumindo, é o seguinte: as agências de locação de mão de obra
temporária, a partir de agora, pagam 50% menos o ISSQN. É um projeto de minha
autoria que a Casa aprovou – eu quero cumprimentar todos os Vereadores –,
demorou um pouco para ser aprovado, foram três anos, mas é uma realidade hoje.
E, por eu não conseguir um espaço em veículo de comunicação de maior
abrangência, uso, todo o santo dia, este espaço para comunicar aos empresários
e aos trabalhadores desse segmento que nós temos uma redução dos impostos.
Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Paulinho Motorista está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. PAULINHO
MOTORISTA: Boa tarde, Presidente Mauro Pinheiro e demais Vereadores, pessoal das
galerias e pessoal que nos assiste pela TVCâmara, estamos trabalhando desde o
início do mandato, graças a Deus, em prol de melhorias para a Cidade. Estamos
também na luta com os meus colegas rodoviários, que, a cada dia, enfrentam uma
batalha, uma luta. Ontem mesmo estivemos no Ministério Público do Trabalho –
eu, a Ver.ª Fernanda Melchionna, o Ver. Pedro Ruas e o Presidente Mauro
Pinheiro– para nós tentarmos solucionar uma situação que está acontecendo com
os nossos rodoviários, para que eles possam concorrer, agora, à eleição
sindical. Estavam presentes também, conosco, o Barreto e o Rosa, que são os
rodoviários que querem concorrer e estão enfrentando dificuldades. Nós sempre
estaremos dispostos a ajudá-los. Eu mesmo, até hoje, me considero um
rodoviário, já que fui “motora” de ônibus por 24 anos, do que me orgulho a cada
dia. Jamais vou virar as costas para a minha classe rodoviária.
Há pouco, o Ver. Mario Fraga, meu amigo de Belém
Novo, esteve na tribuna e falou sobre o que está para acontecer lá; para nós,
com certeza, é uma alegria, porque moramos lá, nós nos criamos lá. Se Deus
quiser, vai dar tudo certo. Assim como o Mario, quero agradecer aos Vereadores
e às demais autoridades que estiveram presentes lá, no domingo. Eu sempre fico
feliz quando estou num evento e chega algum Vereador para acompanhar, não só
porque é outro Vereador, mas porque temos que ser transparentes, amigos, e o
espaço de Porto Alegre é para todos. Somos 36 Vereadores em Porto Alegre,
imaginem se um Vereador vai cuidar de toda a Porto Alegre sozinho. Jamais vai
acontecer isso, não é, Mario? Então, dividimos um pouco para cada um,
trabalhamos os 36, para que dê tudo certo para a nossa população.
Continuamos também falando do trânsito, porque tem
havido muitos acidentes. Eu nunca quis ser o camisa 10, como motorista, mas, sim,
trocar ideias com outros motoristas, e, com certeza, o que acontece no trânsito
é pelo desrespeito. Todo o mundo quer aquele pedaço, aquele espaço pequeno, por
onde dá para passar um carro só; se são dois carros para passar, eu quero
passar com o meu, o camarada quer passar com o dele. Se eu esperar um pouco, e
o camarada passar, e, logo após, eu seguir, o trânsito vai fluir, acidentes vão
ser evitados, tragédias vão ser evitadas. Geralmente, é complicado. O trânsito
está cada vez mais caótico dentro de Porto Alegre, a cada dia que passa há mais
tranqueira. Agora mesmo, estava vindo pela Av. Protásio Alves, e está difícil
de trafegar. Penso que cada um tem que ceder, tem que procurar diminuir o
estresse. Essa coisa de sair atrasado de casa e querer depois tirar o tempo no
trânsito, ultrapassando, querer entrar numa esquina antes do camarada que está
para entrar... Eu acho que, se houver respeito, com certeza nós vamos evitar
muitos acidentes; o certo mesmo é dirigirmos usando as regras da direção defensiva.
Eu não estou ensinando ninguém, mas vamos pensar mais sobre o que pode
acontecer ali na frente. Se eu ceder, se eu demonstrar respeito pelo próximo
que está conduzindo veículo, moto, ou bicicleta – temos que respeitar o
ciclista, temos que respeitar o motoqueiro –, se todo mundo se respeitar no
trânsito, para que a gente tenha um espaço livre, o trânsito com certeza irá
fluir melhor, e serão evitadas várias situações graves, com prejuízo. Eu fico
muito triste quando vejo certas batidas, certos acidentes no trânsito, porque
sei que é prejuízo, é incomodação. Daí o camarada que está atrasado já não vai
chegar ao seu destino. Então, o que eu tenho para dizer é que nós,
incluindo-me, temos que ter respeito pelo próximo em toda situação, não só no
trânsito, mas também no dia a dia. Respeito, educação e humildade sempre!
Concluo deixando um abraço ao nosso Presidente, que
fez uma cirurgia e que, logo, logo, estará de volta, desejo melhoras ao Ver.
Professor Garcia, se Deus quiser. Ficamos com a presidência do Ver. Mauro
Pinheiro, que conduz nossos trabalhos com muita propriedade. Um abraço a todos,
fiquem com Deus.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Clàudio Janta está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. CLÀUDIO
JANTA: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores,
eu tinha feito um pacto comigo mesmo de que viria a esta tribuna falar das
questões de saúde em Porto Alegre somente no mês que vem, mas não vou poder cumprir esse pacto que eu tinha feito com o cidadão Clàudio Janta em
função do que o Secretário da Saúde fez, na cidade de Porto Alegre,
principalmente com as crianças – Ver. Dr. Thiago, Ver.ª Lourdes e Ver. Mauro
Pinheiro, que são da Comissão de Saúde desta Casa. O Secretário da Saúde deste
Município, membros da Comissão, fechou 38 leitos de internação infantil do
Hospital Presidente Vargas e também fechou 6 unidades de internação intensiva,
UTIs, do Hospital Presidente Vargas. Enquanto a saúde vive um caos – a saúde,
no nosso Município, está na UTI –, o Secretário toma essa atitude, o mesmo
Secretário que tirou o serviço de assistência social do Postão da Cruzeiro, à
noite. Não tem assistência social. Se uma mulher sofre algum estupro, se uma
criança sofre algum abuso sexual, não têm acesso ao serviço social, à noite, no
Postão da Cruzeiro, onde ele quer transformar o bloco cirúrgico num
estacionamento! Lá também a emergência pediátrica só pode atender se a criança
for mordida, um caso de raiva; se sofrer um acidente biológico, se a criança
for envenenada, alguma coisa assim; ou numa emergência sexual, se a criança for
atingida sexualmente. Então, se a criança sofrer um traumatismo, a mãe tem que
levar essa criança até um cachorro ou gato para ela ser mordida: aí vai poder
ser atendida na emergência.
Espero novamente que,
no dia 6 de outubro, os membros desta Casa assinem a CPI da Saúde. Espero que
volte, em 6 de outubro, a ser o tema central desta Casa a discussão da saúde de
Porto Alegre, que se encontra na emergência. Esse tema nós estamos discutindo
aqui desde o início do ano: a necessidade de se fazer uma discussão profunda
sobre a saúde de Porto Alegre. Esse foi um pedido do próprio Secretário, que
foi para a TV, para o rádio, para os jornais pedir que esta Casa investigasse a
sua Secretaria. E esta Casa vem levando o assunto com a barriga – e de barriga
eu entendo! – durante todo esse tempo. Foi dito por alguns colegas que
estávamos fazendo da saúde uma questão eleitoreira. Eu espero que os colegas
que não assinaram essa CPI tenham dignidade e, dia 6 de outubro, uma
segunda-feira, assinem a CPI, pois faltam pouquíssimas assinaturas, e
assinaturas de bancadas de oposição. Nós temos assinaturas da bancada do PSOL,
de membros das bancadas do PMDB, do PDT e de várias bancadas desta Casa, mas
faltam assinaturas de bancadas da oposição para que seja instalada, nesta Casa,
a CPI de maior necessidade para a população de Porto Alegre, a CPI que,
realmente, a população de Porto Alegre...
(Som cortado
automaticamente por limitação de tempo.)
(Presidente concede
tempo para o término do pronunciamento.)
O SR. CLÀUDIO
JANTA: ...exige que seja feita. Com força, fé e esperança,
nós vamos melhorar a saúde das pessoas de Porto Alegre. Muito obrigado, Sr.
Presidente.
(Não revisado pelo
orador.)
O SR. DR. THIAGO: Presidente, só um
esclarecimento sobre o que o Ver. Janta colocou. Na reunião do dia 30 de
setembro da Comissão de Saúde e Meio Ambiente, às 9h30min, a pauta será
exatamente esta: o fechamento da emergência pediátrica no Hospital Presidente
Vargas e o fechamento de leitos. Só queria deixar bem claro isso, e aguardamos
o Secretário da Saúde para essas explicações.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Obrigado, Ver.
Dr. Thiago, Presidente da Comissão de Saúde e Meio Ambiente desta Casa.
A Ver.ª Sofia Cavedon
está com a palavra para uma Comunicação de Líder, pela oposição.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Sr. Presidente, Ver.
Mauro Pinheiro; Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, senhores e senhoras; eu
acho bom que o tema esta tarde seja, primeiro, o tema da saúde nas falas de
Liderança. Aceito a provocação e falo em Liderança de oposição – peço licença à
Ver.ª Fernanda Melchionna, do PSOL; ao PCdoB e ao PT – porque nós temos ouvido
muito, as pessoas falam muito da saúde, assim como falam do problema de
segurança. Mas hoje se fala menos em segurança e mais em saúde em Porto Alegre.
Quando a gente aponta os investimentos em saúde, acho que é importante essa
reflexão, e aí é bem reflexão, é fato, não é invenção nem promessa, que abriu o
Hospital Restinga, e que a UPA, na Zona Norte, foi construída, está
funcionando, é um programa do Governo Federal, assim como o Hospital Restinga,
assim como, no Hospital de Clínicas, está em franca construção um novo espaço
de atendimento, uma ampliação extraordinária. E nós temos da população a
seguinte fala: “Nós continuamos esperando muito, nós estamos indo para as filas
de madrugada.” Eu tenho escutado isso nessas últimas duas semanas.
A cidade de Porto
Alegre recebeu um conjunto de médicos do Programa Mais Médicos, e nossos postos
de saúde, muitos da periferia que não tinham nunca médico, hoje, pelo menos
têm, mas segue a pressão e segue a queixa, Ver. Mauro, dos moradores da cidade
de Porto Alegre sobre atendimento em saúde. Eu acho que vale, e aqui quero
sugerir aos Vereadores que estão levantando esse tema uma volta, um
comparecimento, Ver. Mauro Pinheiro, do Secretário Casartelli a esta Casa, para
nos contar como está a gestão, porque a gestão de todas essas políticas e
equipamentos é municipalizada. Eu sou daquelas que, neste período, é isso que
eu acho que é importante fazer: que, na próxima quarta ou quinta-feira, assim
que der, num dia em que os Vereadores estejam aqui, nós peçamos o
comparecimento do Secretário da Saúde para, especificamente, Ver. Mauro, nos dizer
como está o funcionamento da UPA, quantos médicos, qual é o tempo de
atendimento, qual é a resolutibilidade, como está o funcionamento do Hospital
Restinga, se ele já está cumprindo as missões que tem, e onde os médicos do
Programa Mais Médicos estão nesta Cidade, quais os postos que ainda não
têm médico e qual é o ritmo de atendimento da população na cidade de Porto
Alegre. Eu acho que isso é bom, a eleição não é municipal, não é o Prefeito que
está em avaliação, acho que nós cumpriríamos uma boa função, um primeiro passo
para a retomada, de uma forma mais geral, do tema da saúde na cidade de Porto
Alegre.
Acho que todos nós estamos querendo responder,
estamos nas ruas, estamos fazendo campanha, estamos perguntando sobre esses
novos investimentos e queremos um feedback
da população. E devemos um feedback,
um retorno à população! Por que ainda não está em pleno funcionamento? Por que
essas novas políticas para atender a saúde em Porto Alegre não estão
funcionando como deveriam? Porque a perspectiva de mudança está colocada: os
nossos hospitais, pela primeira vez, estão recebendo recursos do Governo
Estadual. O Governo Estadual, é fato, é número, tem aplicado, chegou a 12% de
investimento na Saúde, isso dá uma diferença muito grande. Nós deveríamos sentir
a mudança da satisfação dos usuários, dos cidadãos e das cidadãs.
Eu acredito que a oposição toda concorde com isso,
é hora do gestor municipal vir fazer um balanço, para a Câmara Municipal,
desses novos investimentos em saúde, dessa ampliação de médicos na cidade de
Porto Alegre, para a gente poder ver onde ainda estão os nós na saúde na
Capital dos gaúchos.
(Não revisado pela
oradora.)
O SR. DR. THIAGO: Quero esclarecer à
Vereadora que, na segunda semana de outubro, por força legal, existe a apresentação
do Relatório de Gestão, quando é muito importante a presença da comunidade e de
todos os colegas Vereadores.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Obrigado, Ver. Dr.
Thiago. O Ver. Alceu Brasinha está com a palavra para
uma Comunicação de Líder.
O SR. ALCEU BRASINHA: Sr.
Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, há dez anos, eu estou nesta Casa
e já vi de tudo aqui passar. Meu amigo, Ver. Pablo Mendes Ribeiro, eu gostaria que vocês
me dissessem o que aconteceu, Ver. Tarciso, na CPI que houve aqui. Digam-me
alguma coisa! Se CPI fosse válida, em Brasília todos tinham que estar presos,
aqueles caras todos que fizeram e aconteceram, Ver. Márcio Bins Ely! Mas como
tem gente que gosta de viver o mesmo problema sempre. Eu quero dizer para os
senhores – eu moro nesta Cidade há 39 anos, e não é porque o Secretário
Casartelli é do meu partido, Ver.ª Sofia, o partido de vocês também teve
Secretário de Saúde – que bater nas pessoas que talvez façam certo, é fácil.
Ver. Clàudio Janta, Ver. Dr. Thiago, eu sempre faço o mesmo discurso: CPI! Cadê
a CPI da telefonia, pois o meu telefone continua caindo todos os dias? Cadê a
CPI, Ver. Mauro, aquela CPI que o senhor fez, badalada, em cima do Ronaldinho,
o que aconteceu? Por que vocês não fazem um curso de polícia? Por que vocês não
fazem um curso de polícia, Ver. Janta? Por que o senhor não vai fazer um curso
de delgado, aí o senhor pode prender. O Ver. Dr. Thiago também pode prender.
(Aparte antirregimental do Ver. Clàudio Janta.)
O SR. ALCEU
BRASINHA: Mas faça! Tem que fazer curso de investigação. Vocês gostam tanto de
falar das coisas erradas. Vocês batem, batem e não conseguem as assinaturas!
Ver. Janta, quero dizer para o senhor, com todo o respeito, porque sou seu
amigo e gosto do senhor, mas o senhor diz sempre a mesma coisa. Fale-me da
telefonia, explique-me o que aconteceu, Ver. Janta! O que aconteceu, Ver.
Janta? O que aconteceu com a sua CPI da telefonia? O seu telefone continua
caindo, Vereador. Continua! Quero dizer para o senhor que eu não vejo esse problema
de CPI, CPI é para a polícia! Polícia tem que prender. O cara roubou, tem que
ser preso! Tem que ser preso! Eu quero dizer, então, que CPI não leva a lugar
algum. Nunca aconteceu nada. Cadê as CPIs que aconteceram aqui? Devolveram o
dinheiro, Vereador? Não!
Quero dizer ao senhor, Ver. Janta, que faça o curso
de polícia, quem sabe da Polícia Federal, porque esta tem poder, vai e prende.
Faça o curso da Polícia Federal, Ver. Janta.
Quando o Governo do Estado faz alguma coisa,
reclamam; quando o Governo Municipal faz, reclamam. O que é bom para vocês? O
que é bom, Ver. Dr. Thiago? O que é bom? Quem sabe vocês também não fazem
alguma coisa errada? Quem sabe?
Quero dizer ao senhor, Ver. Dr. Thiago, que o senhor tem que cuidar mais do seu trabalho e deixar de cuidar da vida dos outros. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para uma
Comunicação de Líder.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, eu vejo aqui que os
ânimos estão exaltados nas Bancadas. Eu queria fazer uma referência sobre a
minha bancada: está aqui, assumindo hoje, o nosso colega Pablo Mendes Ribeiro,
1º Suplente da nossa Bancada. Quero dizer que é uma alegria tê-lo aqui,
Vereador Pablo. Eu queria, daqui desta tribuna, mandar um abraço para o seu
pai, que provavelmente deve estar acompanhando esta Sessão, e se não está
acompanhando agora, acompanha depois, através da televisão ou do vídeo. Quero
dizer que nesta Casa, onde ele foi Vereador, em que V. Exa. está também, na
cadeira de Vereador como seu pai foi, ele brilhou, como brilhou como Deputado
Estadual, como Secretário, como Deputado Federal, como Ministro, mas tem um
brilho maior do que todas essas coisas em que ele brilhou, que é o brilho de
pai. O grande brilho do Deputado Mendes Ribeiro é o de ser o pai que ele é, e
V. Exa. deu uma demonstração de carinho de filho, de amor de filho, quando
disse, neste momento, quando V. Exa. renunciou em ser candidato, deixou de ser
candidato e disse uma frase muito importante, que tem que ser registrada: “Meu
pai precisa mais de mim ao lado dele do que como candidato.” Isso mostra o seu
caráter, mostra o seu amor de filho pelo seu pai. Eu tenho certeza de que esse
amor de filho, como o que você tem por ele, como o que demonstra por ele, está
ajudando ele a se recuperar melhor.
Feito esse registro, eu quero aproveitar o discurso
da Ver.ª Sofia, porque ela sempre traz assuntos interessantes, principalmente
esse da Saúde, Ver. Janta. O próprio Prefeito está apoiando a Presidente Dilma,
junto com a Ver.ª Sofia – e não tem problema nenhum falar na televisão o nome
de candidatos –, mas quero dizer que, para melhorar a Saúde da cidade de Porto
Alegre, uma das coisas é cumprir com aquilo que o Governo Federal prometeu, que
é instalar as UPAs. Há uma UPA ali na Zona Norte, numa região nobre da cidade
de Porto Alegre, no meio de uma praça, que era para atender toda a Zona Norte e
desafogar a emergência do Grupo Hospitalar Conceição, que não tem funcionário para
atender. Isso que é do Governo Federal – Hospital Conceição! Tem um elefante
lá! Então esse negócio de pedir isso, pedir aquilo, não é o Conselho que vai
arrumar, é a atitude! Se o Governo Federal cumprisse aquilo que prometeu, o
Município, certamente, estaria mais tranquilo com a Saúde. Era só essa a
constatação que eu queria fazer.
O Município tem para receber mais de R$ 50 milhões do Governo do Estado, que não paga. O Município não recebe o que merece do Governo Federal. Mesmo assim, tem gente abraçando a Petrobras, e aquele retrato, Ver. Villela, do pessoal abraçando a Petrobras, me faz lembrar os batedores de carteira aqui do Centro: o cara bate a carteira e sai gritando “pega ladrão!” Aqueles que estavam abraçando a Petrobras eram os batedores de carteira gritando “pega ladrão!” Esses são os batedores de carteira do Brasil, da Petrobras, e fizeram um fingimento enorme lá, fazendo de conta que estavam protegendo. Na realidade, eles já tinham tirado tudo que tinham que tirar da Petrobras. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, Ver. Mauro Pinheiro, eu vou apenas registrar que a
gestão da UPA é municipal, é um convênio com a Prefeitura de Porto Alegre.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Está feito o registro, Vereadora.
O SR. PRESIDENTE (Mauro
Pinheiro – às 15h08min): Havendo
quórum, passamos à
ORDEM DO DIA
O SR. DR. THIAGO (Requerimento): Sr.
Presidente, solicito a alteração da ordem da priorização de votação, para que
possamos, em quarto lugar, passar para a votação da Emenda nº 01 ao PLL nº
006/14, em renovação de votação.
O SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o
Requerimento de autoria do Ver. Dr. Thiago. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o
aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR. IDENIR CECCHIM (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da ordem da priorização de
votação, para que possamos, em quinto lugar, passar para a discussão e votação
do PLCL nº 019/13, de autoria da Ver.ª Lourdes Sprenger.
O SR. MARIO
FRAGA: Presidente, só para ajudar, o Governo ainda não tem uma posição sobre esse
projeto, se vai votar “sim” ou “não”. Se a Vereadora quiser priorizá-lo, da
nossa parte, tudo bem, mas informo que ainda não temos o acordo de votação.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Pergunto se o Ver. Idenir Cecchim mantém seu
Requerimento. (Pausa.) Mantém. Em votação o Requerimento de autoria do Ver.
Idenir Cecchim. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se
encontram. (Pausa.) APROVADO.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Tendo em vista que o primeiro projeto a ser votado
é de minha autoria, solicito que o Ver. Delegado Cleiton assuma a presidência
dos trabalhos.
(O Ver. Delegado Cleiton assume a presidência dos trabalhos.)
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 0626/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 051/12, de autoria do Ver. Mauro Pinheiro, que
altera o § 1º do art. 2º da Lei nº 11.029, de 3 de janeiro de 2011 – que
institui o Diário Oficial Eletrônico de Porto Alegre, DOPA-e, como meio oficial
de comunicação, publicidade e divulgação dos atos dos Poderes Executivo e
Legislativo do Município de Porto Alegre, cria e extingue funções gratificadas
na Secretaria Municipal de Administração (SMA) e dá outras providências –,
dispondo sobre a composição do DOPA-e.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Elizandro Sabino: pela existência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela aprovação do
Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Clàudio Janta: pela aprovação do Projeto.
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 14-05-14.
O
SR. PRESIDENTE (Delegado Cleiton): Em discussão o
PLL nº 051/12. (Pausa.) Não há quem queira discutir. Em votação. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.) APROVADO.
(O Ver. Mauro Pinheiro reassume a presidência dos trabalhos.)
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os Vereadores/05minutos/com
aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 2189/12 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 165/12, de autoria do Ver. Engº Comassetto, que
inclui Seção I, com os arts. 30 a 37, e Seção II, com arts. 37-A, 37- -B e 37-C,
no Capítulo VI-A da Lei nº 8.279, de 20 de janeiro de 1999, e alterações
posteriores, dispondo sobre a colocação de veículos de divulgação em
edificações destinadas às atividades constantes do Anexo 5.3 da Lei
Complementar nº 434, de 1º de dezembro de 1999 – Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano e Ambiental (PDDUA) –, e alterações posteriores, e dando
outras providências.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Valter Nagelstein: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Delegado Cleiton: pela aprovação do Projeto;
-
da COSMAM. Relatora Verª Jussara Cony: pela aprovação do Projeto
(empatado).
Observação:
- incluído na Ordem do Dia
em 19-08-13.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLL nº 165/12. (Pausa.) A Ver.ª
Fernanda Melchionna está com a palavra para discutir o PLL nº 165/12.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Boa tarde a todos e todas. Eu acho que esse assunto
precisa ser discutido e acho que merecia, inclusive, uma discussão com o Fórum
de Entidades que trataram do Plano Diretor da cidade de Porto Alegre, afinal
trata, em uma primeira olhada no projeto, do aumento das dimensões, das placas
e de material de propaganda dos grandes shopping
centers.
Em primeiro lugar, nós temos uma posição muito
clara em relação à facilitação que é dada aos grandes empreendimentos da cidade
de Porto Alegre, à especulação imobiliária, aos shopping na Cidade com maior concentração de shopping por metro quadrado, Ver.ª Lourdes. Inclusive, nesse
verdadeiro processo de privatização dos espaços públicos que ocorre na cidade
de Porto Alegre, agora também é previsto um shopping
center à beira do Cais Mauá. Imaginem, disputando com o Gasômetro, com o
espaço consolidado de lazer, de cultura, esportes, e que merecia uma
revitalização mantendo as suas áreas verdes, terá um shopping center, numa política clara de privatização dos espaços
públicos! Hoje, quem comanda as regras do jogo no Cais é a Cais Mauá do Brasil,
a empresa fruto dessa Parceria Público-Privada iniciada no Governo Yeda e
continuada no Governo Tarso, que proibiu os jovens de utilizarem um espaço que
sempre foi aberto à população, revistando os jovens por uma empresa de
segurança privada. Então, nós temos uma conjunção de ilegalidades nesse caso em
que o espaço público é privatizado e que seguranças privadas de uma empresa
privada assumem uma função pública que só cabe à Brigada Militar, nunca a uma
empresa de segurança privada.
O presente projeto trata de alterar o Plano Diretor
para, como diz o seu autor, o Ver. Engº Comassetto, facilitar identificações
destinadas às atividades que compreendem supermercados, shopping centers e outros empreendimentos de grande porte que
enfrentam, atualmente, dificuldades no licenciamento dos veículos de
divulgação, uma vez que o tratamento normativo dado a esses casos é idêntico
àqueles conferidos às atividades de menor porte.
Primeiro, nós gostaríamos que toda política fosse a
mesma para os grandes e para os pequenos. E nós vemos a facilitação para os
grandes em todos os aspectos dos projetos especiais, no que diz respeito ao
Plano Diretor que, volta e meia, é rasgado, e são licenciados, pela Prefeitura
de Porto Alegre, projetos que contrariam tudo o que está escrito no Plano
Diretor. Nesse caso, trata-se das placas de propaganda. Além do debate
ideológico de querer, sim, que tenham o mesmo tratamento, de querer que exista
uma regra que valha tanto para os pequenos quanto para os grandes – o que não é
a lógica dessa sociedade capitalista excludente em que vivemos, mas na questão
das placas parece haver uma vero
semelhança –, nós queremos fazer o debate da paisagem urbana. Aumentar para 30
metros pode prejudicar em muito a paisagem urbana e nós precisamos fazer esse
debate. A paisagem urbana precisa ser preservada e foi o nosso argumento,
quando votamos contra o projeto das estações de radiobase. Porque, além da
questão da saúde e da ambiental, havia uma questão urbanística em jogo, e esse
projeto mexe com urbanismo ao permitir o aumento dessa afixação de placas, até
120 metros quadrados, me parece. Então, eu acho, já colocando a minha posição
contrária a priori, mas evidentemente
– tudo pode ser discutido –, o princípio da democracia serve para os projetos do
Governo e para os projetos legislativos. Quando projetos interferem no Plano
Diretor são objetos de audiência pública desta Casa – lutamos com o Governo
para que haja audiência pública –, nós achamos que um projeto que trata do
Plano Diretor, Ver. Engº Comassetto, precisa ser objeto de audiência pública,
precisa ser discutido com o Fórum de Entidades, precisa ser discutido com
arquitetos e urbanistas. Eu faço esse requerimento para que essa discussão seja
feita, respeitando o autor, mas dizendo que nós temos como princípio que
questões que as coisas que tratam de urbanismo e do Plano de Desenvolvimento
Urbano e Ambiental precisam ser discutidas com a Cidade.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o PLL nº 165/12. (Pausa.) A Ver.ª
Fernanda Melchionna está com a palavra para encaminhar a votação do PLL nº
165/12.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Sr. Presidente, venho encaminhar deixando o nosso
posicionamento contrário. Eu esperava que, no mínimo, houvesse a discussão, que
o Ver. Engº Comassetto, autor do projeto, viesse à tribuna, e nós pudéssemos
fazer o debate ideológico, com relação ao Plano Diretor de Desenvolvimento
Urbano e Ambiental, a política urbanística da Cidade, a questão do aumento dos shoppings centers, a diminuição dos
espaços públicos da nossa população. Eu acho que nós precisamos ter coerência
na política.
Nós reivindicamos, mais uma vez, que haja uma
audiência pública para discutir esse tema do tamanho das publicidades, de
divulgação dos shoppings centers, e
dos grandes supermercados. Nós esperamos que um tema tão importante, porque
estamos tratando do Plano Diretor e da política paisagística da Cidade, mereça
no mínimo a discussão dos Vereadores. Eu não sei se todos Vereadores e
Vereadoras se sentem suficientemente esclarecidos quanto ao projeto, se acham
que são coisas secundárias tratar de um projeto, como o Plano Diretor, que
nasceu da organização e que foi sendo alterado ao longo dos anos, que de dez em
dez anos precisa ser renovado. Nós vivemos em 2009 uma comissão desta Câmara
que mudou o Plano Diretor da Cidade, trabalhando por nove meses, embora muitas
críticas tenhamos feito, nós perdemos várias votações, mas houve uma Comissão
que, durante nove meses, tratou do Plano Diretor para discutir temas que precisavam
ser atualizados ou que foram alterados para lamentavelmente seguir uma lógica
de política urbanística de desenvolver e facilitar a vida dos grandes
especuladores imobiliários. Nós, naquele momento, denunciamos, mas o Fórum de
Entidades foi parte da discussão, inclusive fazendo emendas, algumas das quais
aprovadas pela Câmara Municipal. Eu esperava que, em um projeto tratando do
Plano Diretor, houvesse, no mínimo, o mesmo tratamento que nós já fizemos
diversas vezes nesta tribuna, que haja audiências públicas, que haja debate com
a Cidade, que se escutem os arquitetos urbanistas, que venham as entidades, que
nós possamos discutir uma política, de fato, em relação ao Plano Diretor da
nossa Cidade. Eu espero que no momento dos encaminhamentos o debate seja feito,
que nós não sejamos uma voz isolada nesta tribuna, porque o lugar da Câmara
Municipal é o lugar do debate político; o silêncio, muitas vezes, nos preocupa.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Engº Comassetto está com a palavra para
encaminhar a votação do PLL nº 165/12, como autor.
O SR. ENGº
COMASSETTO: Meus colegas Vereadores, Vereadoras e Ver.ª Fernanda, obviamente que o
silêncio faz mal à democracia. Não temos nenhuma pretensão; se não tivesse lhe
ouvido, não teria como vir a esta tribuna. Como esse é um tema que já teve
amplo debate aqui nesta Casa, inclusive existia um outro projeto de lei, de
2005 ou 2006, de autoria do Ver. Braz e do então Ver. Sebastião Melo, que
acabou não sendo discutido. Nós o refizemos um projeto de lei. Com relação a
esse projeto tem um equívoco na sua fala, prezada Ver.ª Fernanda, ele não muda
o Plano Diretor, ele se refere ao anexo 5.3 do Plano Diretor que diz respeito a
um conjunto de equipamentos, que são os grandes projetos, é verdade. E o que
significa o projeto que nós estamos propondo aqui? Que, no momento da aprovação
do projeto, já se discuta e se vote a identificação do empreendimento, porque é
feita toda a aprovação arquitetônica desvinculada dessa marca do empreendimento,
que é uma lógica e uma sintonia da estética do empreendimento. E o que
acontece? E eu falava antes, aqui, nos ritos de aprovação do projeto. Por que
um novo projeto tem que três ou quatro ritos distintos, muitas vezes, paralelos
e que dão um emaranhado? Esse projeto que estamos propondo – e como conhecedor
do assunto, é verdade –, junto com outros colegas, para que não tenha nenhuma
facilidade, sob o ponto de vista de desconstituir responsabilidades ou
compromissos. O que trata o projeto são ritos de aprovação e sistemática de
aprovação. Nós estamos unificando que, na aprovação arquitetônica e urbanística
do projeto, já seja aprovado junto, proporcional ao tamanho do empreendimento,
somente dos 5.3. E esse projeto foi discutido, sim, com um conjunto de
arquitetos que ajudaram a elaborar, entre eles a Associação Brasileira dos
Escritórios de Arquitetura, a Asbea, que foi quem fez a discussão, quem nos
trouxe sugestões, que nós acolhemos e estamos apresentando aqui aos colegas
Vereadores. Portanto, tenho a tranquilidade de dizer que é um projeto que não
mexe não Plano Diretor, ele se referencia ao Anexo 5.3 desse Plano, que são os
equipamentos, sim, com esse grau de grandeza. Na verdade, é a Lei nº 8279, que
dispõe sobre a colocação das placas nos empreendimentos. Quanto a isso, ele faz
a sugestão e a adequação proporcional ao tamanho do empreendimento. Então eu
quero aqui esclarecer e, óbvio, venho pedir o voto favorável dos colegas
Vereadores. Aqueles que não se sentirem com o entendimento do projeto, o voto é
facultado a cada um dos Vereadores e das Vereadoras em todos os projetos. Então
tenho muita tranquilidade em vir aqui. E agradeço, sim, Ver.ª Fernanda, os seus
questionamentos, para poder fazer aqui os esclarecimentos e as justificativas.
E eu não vejo que seja um projeto ideológico.
Esse projeto não vai deixar de fazer com que haja
em Porto Alegre shoppings centers ou
outros grandes empreendimentos e grandes lojas. Não! Não vai deixar, não muda
nada a regra do Plano Diretor quanto a isso. Ele não trata de índice, não trata
de altura, não trata de taxa de ocupação, não trata de mudar atividades para
regiões da Cidade; ele simplesmente traz para aprovação os projetos de grandes
empreendimentos que já tenham aprovadas as marcas quando é feita a aprovação
proporcional ao tamanho do empreendimento. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelos Vereadores
Clàudio Janta e Fernanda Melchionna, o PLL nº 165/12. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 18 votos SIM e 02 votos NÃO.
Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Nereu
D’Avila, o Requerimento de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa que solicita
adiamento da discussão do PLCL nº 015/14 por três Sessões. (Pausa.) (Após a
apuração nominal.) REJEITADO por 07
votos SIM e 18 votos NÃO.
O SR. MARIO
FRAGA (Requerimento): Sr. Presidente, solicito a alteração da ordem da
priorização de votação, para que possamos, em quinto lugar, passar para a
discussão e votação do PLCL nº 015/14. Após retornaremos à ordem normal.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Há um Requerimento de autoria do Ver. Idenir
Cecchim, já aprovado, para a votação do PLCL nº 019/13, de autoria da Ver.ª
Lourdes Sprenger, nesse mesmo sentido.
O SR. MARIO
FRAGA (Requerimento): Então, para
logo após o da Ver.ª Lourdes Sprenger.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o Requerimento de autoria do Ver. Mario
Fraga. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam como se encontram.
(Pausa.) APROVADO.
RENOVAÇÃO DE VOTAÇÃO
(encaminhamento: autor e bancadas/05 minutos/sem aparte)
Emenda
nº 01 ao PROC. Nº 0149/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 006/14, de autoria do Ver. Dr. Thiago, que
altera o art. 4º e o caput do art.
6º, inclui art. 8º-A e revoga o parágrafo único do art. 6º, todos na Lei nº
6.873, de 25 de julho de 1991 – que dispõe sobre a fabricação, o comércio e o
uso de artigos pirotécnicos e dá outras providências –, e alterações
posteriores, determinando que os estabelecimentos que comercializam fogos de artifício
orientem os consumidores sobre sua correta utilização e dando outras
providências.
Observações:
- renovação de votação nos
termos do art. 196 do Regimento da CMPA;
-
adiada a votação por uma Sessão em 11-06-14.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação a Emenda nº 01, destacada, ao PLL nº
006/14, em renovação de votação. (Pausa.)
O SR. MARIO
FRAGA: Sr. Presidente, o autor do projeto, o Ver. Dr. Thiago, não está
presente, então quem sabe a gente coloca em votação após a discussão e votação
de um ou dois outros projetos?
O SR. NEREU
D’AVILA (Requerimento): Eu havia combinado com o Ver. Dr. Thiago - houve um
equívoco - de que o PLCL nº 015/14, de minha autoria, seria votado antes do
dele. Então, eu solicito que, nesse momento, seja mantida a ordem de
priorização, pois faz quatro Sessões que esse projeto está na Ordem do Dia e
não é votado. Se o Ver. Dr. Thiago vier ao plenário é outra coisa.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Sr. Presidente, a emenda a este projeto é de minha autoria, e o projeto
é de autoria do Ver. Dr. Thiago. Gostaria de fazer este registro e dizer que
estou presente.
O SR.
ELIZANDRO SABINO: Sr. Presidente, o fato de o Ver. Dr. Thiago não
estar presente no plenário, não obsta que nós coloquemos em votação o projeto de sua autoria.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Vou esclarecer aos Vereadores: a Emenda nº 01,
destacada, ao PLL nº 006/14, e o pedido de renovação são de autoria da Ver.ª
Lourdes, que está presente.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Sr. Presidente, é o projeto que está sendo votado?
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): É a emenda.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Também eu quero fazer o registro de que o dono das empresas de fogos
está aqui comandando o plenário.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Está feito seu registro, mas isso não cabe ao
Presidente. Em votação a Emenda nº 01, destacada, ao PLL nº 006/14, em
renovação de votação. (Pausa.) A Ver.ª Fernanda Melchionna está com a palavra
para encaminhar a votação da Emenda nº 01, destacada, ao PLL nº 006/14, em
renovação de votação.
A SRA.
FERNANDA MELCHIONNA: Presidente, nós temos uma série de leis, de artigos
aprovados no que diz respeito à política de proteção aos animais. Logo depois
da eleição, houve um estelionato eleitoral, e artigos importantes foram
retirados naquele momento, de uma política pública permanente de proteção e de
defesa dos animais. Neste caso, a emenda trata da criação de um fundo; para
além da questão do uso dos fogos de artifício, que preocupam e, de fato, são
muito violentos aos nossos animais, também trata da mutilação de pessoas,
vítimas dos fogos de artifício. Eu acho que a criação do fundo – uma proposta
da Ver.ª Lourdes – é uma política extremamente meritória, a Vereadora está
preocupada com os dois temas: a mutilação de pessoas e a violência contra os
animais em função do uso desses fogos e desses materiais pirotécnicos, que,
muitas vezes, acabam encaminhando muitas pessoas ao Hospital de Pronto Socorro.
Alguns dos dados trazidos em relação ao número de vítimas nas datas
comemorativas como Ano-Novo e Natal são absolutamente assustadores. Nós, com
esta emenda, poderíamos criar, Ver.ª Lourdes, um fundo municipal de apoio, de
amparo às pessoas vítimas desse processo. Com a renovação da votação, nós temos
a possibilidade de aprovar o fundo e de batalhar para que o Executivo Municipal
cumpra o que está previsto no parágrafo único, que são 90 dias para a criação e
a operacionalização desse fundo municipal. Eu quero ser muito breve, mas não
poderia deixar de fazer este registro a esta boa emenda, apresentada pela Ver.ª
Lourdes, que merece o nosso voto favorável. Parabéns!
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. Mario
Fraga, a Emenda nº 01, destacada, ao PLL nº 006/14, em renovação de votação.
(Pausa.) (Após a apuração nominal.) REJEITADA
por 06 votos SIM, 14 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1419/14 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 015/14, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, que
inclui art. 17-A e revoga o inc. IV do caput
e o § 2º do art. 4º da Lei Complementar nº 740, de 16 de maio de 2014 – que
institui o Estatuto do Pedestre, cria o Conselho Municipal dos Direitos e dos
Deveres do Pedestre (Consepe), revoga a Lei nº 10.199, de 11 de junho de 2007,
e dá outras providências –, estabelecendo prazo para a regulamentação dessa Lei
Complementar, excluindo as passarelas em vias de grande fluxo de trânsito ou
com mais de 2 (duas) faixas de rolamento do rol de direitos assegurados ao
pedestre e excluindo a definição de tempo mínimo para a programação de
sinaleiras para pedestres.
Parecer:
-
da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela inexistência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
em 18-08-14 por força do art. 81 da LOM;
- discutiram a matéria os
Vereadores Marcelo Sgarbossa, Sofia Cavedon, Bernardino Vendruscolo, Nereu
D'Avila, João Carlos Nedel, Delegado Cleiton, Alceu Brasinha, Any Ortiz, Engº
Comassetto, Tarciso Flecha Negra (cedeu para Marcelo Sgarbossa) e Reginaldo
Pujol, em 10-09-14.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLCL nº 015/14. (Pausa.) A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para discutir o PLCL
nº 015/14, por cedência de tempo da Ver.ª Fernanda Melchionna.
A SRA. SOFIA CAVEDON: Obrigada, Ver. Mauro.
Ver. Nereu, V. Exa. teve uma excelente iniciativa que foi o Estatuto do
Pedestre. E aí propõe um projeto retirando do Estatuto do Pedestre a
preservação da vida. Não é um tanto incongruente? O Estatuto do Pedestre existe
obviamente porque o Código de Trânsito é claro e diz que a prioridade absoluta,
na circulação de uma cidade, num Estado e num país, é do pedestre. A circulação
mais natural, a menos conturbadora das cidades, a mais saudável, a menos
poluente e a mais frágil é a do pedestre. De todos que circulam numa cidade, o
pedestre é o mais frágil.
Então, acho
lamentável e triste, acho que a emenda deveria ser outra. Quem sabe nós consigamos
construir, no tempo do debate, uma substituição da forma como o Ver. Nereu está
propondo, Ver. Marcelo? Vamos propor que o Município de Porto Alegre apresente,
em tanto tempo – eu não sei se saiu algum acordo com o Ministério Público nesse
sentido –, uma graduação.
(Aparte antirregimental.)
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Saiu, saiu um acordo. Portanto, podemos escrever coletivamente para que
o Município de Porto Alegre apresente a esta Casa, num período curto, uma
graduação nas sinaleiras conforme o fluxo de pedestres é identificado, conforme
o trânsito naquele local, e não, pura e simplesmente, a revogação deste que era
um dispositivo que todos nós aprovamos exatamente para garantir que o pedestre
que anda em menos velocidade, que é o idoso, possa atravessar com tranquilidade
as vias de nossa Cidade. Eu acho que não ficaria bonito para um debate que foi
tão importante e para uma lei que vai ficar para a história de Porto Alegre,
Ver. Nereu, uma lei do Estatuto do Pedestre, a gente retirar uma proteção
exatamente no atravessamento das vias.
Nós temos assistido e acompanhado inúmeras
situações – situações gravíssimas, situações de morte, situações de deficiência
adquirida por acidentes de trânsito –, em que, lamentavelmente, os ônibus, os
lotações, os automóveis têm atingido o pedestre. O pedestre não está
suficientemente educado, é verdade, para andar de forma protegida, mas, quando
anda, que é nas sinaleiras, nós temos que ter uma situação mais protetiva da
condição diferenciada de cada um: andar mais rápido, andar mais lento, andar
com situação de limitação de membros.
Nós temos uma cidade que está ficando mais velha, a
população da terceira idade está aumentando, e ainda bem que os nossos idosos
circulam na nossa Cidade! É muito bonito de ver, a gente encontra muita gente
idosa. O idoso que fica em casa vai ficar depressivo, vai adoecer, vai ter uma
qualidade de vida muito menor. Então, me parece muito boa a política de isenção
de tarifa de ônibus para os idosos, as casas de convivência para os idosos,
elas ainda são muito poucas na Cidade, mas, como as do bairro Floresta, são
exemplares para curar idosos da depressão por representarem um local de
convívio. Bom, mas a circulação na Cidade, a circulação deles tem que ser
protegida. Eu, na condição de defensora de um trânsito mais seguro, de uma
priorização absoluta do pedestre, de investimento pesado em educação para o
trânsito e para o uso do transporte coletivo – acho que tem que ter uma
educação e uma indução para o uso do transporte coletivo –, entendo que nós
podemos, nesta Casa, sair da discussão que está posta aqui hoje, “sim” ou
“não”, em relação ao tempo de 30 segundos. O tempo de 30 segundos não é uma
panaceia, ele não resolve tudo – tem lugares cujo tempo é de 50, 53, 63
segundos –, ele não é uma pedra angular, não se descobriu uma fórmula, ele é
uma referência, não é, Ver. Marcelo? E acho que nós temos condições de, a
partir dessa referência, construir um outro texto.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação o PLCL nº 015/14. (Pausa.) O Ver.
Marcelo Sgarbossa está com a palavra para encaminhar a votação do PLCL nº
015/14.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Eu considero o dia de hoje um dia histórico para a Cidade; infelizmente,
um dia histórico negativo se for derrubada essa possibilidade que nós temos de
ampliação do tempo do pedestre.
Eu começo meu pronunciamento me reportando ao final
da fala da Ver.ª Sofia, minha companheira de Partido: nós não estamos falando
de 30 segundos no cronômetro, porque já estaria incluído o tempo do vermelho
piscante, sem falar que em torno de 70% das sinaleiras para pedestres já tem um
tempo superior a 30 segundos. Então, nós estamos falando de uma minoria.
Eu queria mostrar uma imagem porque, apesar dos
argumentos, entre aspas, técnicos, a Cidade tem inúmeras sinaleiras de sete,
oito segundos, e essa que eu vou mostrar, na frente do Shopping Praia de Belas,
é de dez segundos.
(Procede-se à apresentação de vídeo.)
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Nessa imagem, vemos que uma senhora não consegue atravessar, ela é
auxiliada por um sujeito. Vejam que ela não está totalmente atenta! Ela começa
a travessia, encoraja-se, aproxima-se de uma pessoa, mas, aí, já está no final
do tempo, e ela deu apenas três passos. Ainda bem que aqui os motoristas não
avançam para cima dessa senhora, respeitam o Código de Trânsito. Não sei se é
possível ouvirmos um áudio aqui. (Pausa.) Hoje pela manhã, a rádio Guaíba foi
às ruas e entrevistou pessoas, fez cinco entrevistas; três delas, se for
possível colocar, eram pessoas idosas reclamando que não conseguem atravessar a
rua porque o tempo é muito curto. (Pausa.) O áudio não está muito bom, mas deu
para ouvir. Foram cinco entrevistas, três de pessoas reclamando do tempo,
pessoas idosas, e outras achando que era adequado, pessoas mais jovens acharam
que era adequado o tempo. Então, não somos donos da verdade, algumas pessoas
acham que está razoável.
Trago uma matéria de um jornal de hoje, capa do
jornal, que diz: “Risco pessoal, culpa coletiva.” Tem essa ideia que permeia,
talvez, o imaginário de que a culpa do atropelamento é do pedestre “. Vejam:
neste ano, já foram 40 mortes, ou seja, nós já chegamos, em setembro deste ano,
ao número de todo o ano passado. Nós estamos em setembro, faltam ainda três ou
quatro meses para terminar o ano, então, nós superaremos o número de
atropelamentos. No último dia 7 de setembro, a Fátima dos Santos, 52 anos,
perdeu a vida dando exemplo, junto com a sobrinha e a filha. Ela foi atravessar
na Av. João Pessoa e foi atropelada. Ela conseguiu empurrar as crianças, mas
não conseguiu escapar. Eu sei que os argumentos aqui não são para convencer, eu
já coloquei os argumentos técnicos, estudei o tema. Mas acho que hoje fica o
dia de quem não entendeu que não é uma disputa ideológica, é uma disputa de
futuro de cidade. Então, eu convido os colegas a votar pela vida e não pela
pressa na Cidade, não pela “rodovialização” da Cidade, que são as políticas
implementadas no Município. Obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
encaminhar a votação do PLCL nº 015/14, pela oposição.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Sr. Presidente, mesmo correndo o risco de me repetir em função de que a
população de Porto Alegre assiste, depois, à reprise das nossas Sessões –
Sessões que eu sonho sejam noturnas –, acho que é importante continuarmos a
reflexão e falarmos com a população sobre isso.
Hoje está se retirando um dispositivo, proposto
pelo Ver. Marcelo, que estabelece um tempo mínimo de 30 segundos para se
atravessar a via nas sinaleiras. Nós entendemos que mecanismos como esse podem
estar no marco de uma cidade boa de se viver. Enquanto não se tiver coragem
para reduzir o frenesi nas cidades, reduzir a necessidade de correr, de chegar
na frente, de fazer em menos tempo, enquanto não se conseguir isso, não vamos
construir a cidade que queremos.
Já contei aqui que, domingo, eu andei de bicicleta
com um grupo de ciclistas e apoiadores. Hoje, uma companheira que andava junto
disse que, segunda-feira, ela estava completamente moída pela tensão de andar
no trânsito. Nós convidamos, Marcelo, pessoas que não fazem o exercício
cotidiano de andar de bicicleta. E, mesmo com a Silvia Pont, que é uma ciclista
que já segurava nas esquinas, que nos orientava, a Cláudia, essa companheira,
passou tensa num domingo, porque no trânsito, as pessoas, mesmo no domingo,
estão tocando a milhão, e se tu não andares rápido, elas atropelam, buzinam,
são intolerantes, olham para o carro da frente e acham que a pessoa do carro da
frente tem que reagir ao tempo da abertura do sinal, no seu tempo, e tem que
ser na hora: abriu o sinal, tem que sair. Então, coitada da pessoa que está
atravessando a sinaleira. Eu cansei de ver pessoas atravessando a rua, já no
meio da pista, e mesmo assim o carro sai, não espera a pessoa atravessar; azar
do pedestre que não calculou, não construiu, não se organizou.
Eu acho que estamos tratando aqui de uma outra cultura, e outra cultura nós vamos construir com mecanismos de proteção da vida, com formas que alertem, que mostrem para as pessoas que elas precisam desacelerar, que precisam respeitar quem caminha, os diferentes ritmos, as diferentes formas de estar no mundo, distraídas ou não, com bengalas ou não, cegos, surdos, cadeirantes, que encontram muitas barreiras, e, encontram, infelizmente, a veemência – vamos lembrar das pessoas obesas e das crianças. Eu temo muito pelo pouco empenho que tenho visto na maioria desta Casa de construir alternativas nesse sentido. Acho que, infelizmente, está imperando em Porto Alegre o desejo do Executivo. O Executivo tem uma visão pragmática de Cidade. Eu quero dizer para vocês que essa é a minha visão das atuais gestões, e é um gerencialismo para que algumas obras virem símbolos, ou que virem objetos de propaganda, de mostrar que foi feita uma gestão, mas não é uma gestão cuidadosa da vida, das pessoas. As pessoas têm se queixado muito das calçadas, têm se queixado muito do cuidado no cotidiano, do saneamento básico, do lixo, da moradia, e a Cidade está enfeando. Eu quero dizer aos senhores que uma cidade enfeia quando a sua gente não é convidada a ser gentil, a ser cuidadosa, a ser preservadora da vida. E é esse convite que foi feito, através de um singelo mecanismo, na medida em que o Ver. Sgarbossa propôs. Eu encerro fazendo uma homenagem a ele e às pessoas que vêm trabalhando junto com ele, propondo questões ousadas, e que nadam contra a corrente. Sejamos menos caretas, menos conservadores, menos pragmáticos, menos economicistas nós também.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pela Ver.ª Fernanda
Melchionna, o PLCL nº 015/14. (Pausa.) (Após a apuração
nominal.) APROVADO por 21 votos SIM e 04 votos NÃO.
A Ver.ª Mônica Leal está com a
palavra para a leitura da sua
Declaração de Voto.
A SRA. MÔNICA LEAL: (Lê.) “Votamos favoravelmente ao Projeto de Lei Complementar nº 015/2014,
Processo nº 1419/2014, de autoria do Ver. Nereu D'Avila, considerando que: 1) a
Lei Complementar que instituiu o Estatuto do Pedestre foi muito bem elaborado;
2) seus dispositivos são modernos e suficientes para os fins a que se destinam;
3) as modificações apresentadas pelo Vereador Nereu D'Avila têm exatamente o
propósito de incluir prazo para a regulamentação da Lei, que não constou no
Projeto inicial, além de suprimir o § 2º do Artigo 4º que diz que ‘as
sinaleiras para pedestres serão programadas para que o tempo mínimo para a
travessia seja de trinta segundos’, regra incluída na Lei Complementar através
de Emenda do Ver. Marcelo Sgarbossa; 4) em
razão das discussões e argumentações, é dever que se refira que, segundo o
caput do Artigo 4º da Lei e seu inciso III, constitui direito assegurado ao
pedestre ‘sinalização com tempo suficiente para permitir a travessia de vias em
segurança’, dispositivo este que por si torna desnecessária a fixação do tempo
mínimo de trinta segundos, bastando a plena aplicação da Lei. Sala das Sessões,
17 de setembro de 2014. Bancada do Partido Progressista – Ver. João Carlos
Nedel, Ver. Guilherme Socias Villela e Ver.ª Mônica Leal.”
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Solicito a entrega da Declaração de Voto para que
seja juntada aos autos, Ver.ª Mônica.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
(discussão: todos os
Vereadores/05minutos/com aparte;
encaminhamento: autor e bancadas/05
minutos/sem aparte)
PROC.
Nº 1066/13 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 019/13, de autoria da Verª Lourdes Sprenger,
que cria o Conselho Municipal dos Direitos Animais (CMDA) e dá outras
providências.
Pareceres:
-
da CCJ. Relator Ver. Bernardino Vendruscolo: pela existência de óbice de
natureza jurídica para a tramitação do Projeto;
-
da CEFOR. Relator Ver. Cassio Trogildo: pela aprovação do Projeto;
-
da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela aprovação do Projeto;
-
da COSMAM. Relator Ver. Dr. Thiago: pela aprovação do Projeto.
Observações:
-
para aprovação, voto favorável da maioria absoluta dos membros da CMPA - art.
82,
§
1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia
em 06-08-14.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em discussão o PLCL nº 019/13. (Pausa.) A Ver.ª
Lourdes Sprenger está com a palavra para discutir o PLCL nº 019/13.
A SRA. LOURDES
SPRENGER: Sr. Presidente, a nossa proposta de criação de um conselho é justamente
para minimizar os problemas de nossa Cidade, para auxiliar no assento das
políticas públicas que hoje estão tão deficientes nesta nova causa.
O conselho será composto por 13 membros:
representantes do Executivo Municipal, representantes da sociedade civil
organizada – o Conselho de Medicina Veterinária, o Conselho de Biologia, a
Faculdade de Veterinária, ONGs de proteção animal – e todas as demais entidades
envolvidas com estes processos relativos aos animais.
Estas políticas públicas muitas vezes carecem de
implementação por desconhecimento dos gestores, que ficam com atribuições
dentro dos seus gabinetes, sem conhecer a periferia, sem conhecer as
dificuldades por que se passa, mesmo porque, hoje, bem recentemente, foi
decidido pelo TJ que o Município de São Sebastião do Caí, aqui ao lado, tem o
compromisso de atender os animais, de ter um setor de acolhimento e tratamento,
bem como ressarcimento às ONGs mediante comprovação dos gastos feitos com atendimento
aos animais. Portanto, um Conselho Municipal que não gera custos, vai agregar a
sociedade, as entidades representativas desta causa e, ainda, aprovar as
decisões que venham do Executivo antes de sua implementação.
Então, com isso, vendo esta carência, vendo tantos problemas, decidimos encaminhar este projeto à apreciação deste plenário, porque nós queremos que ocorram mais acertos, que haja mais atendimentos. Porque recursos existem, temos um mercado que gera muitos empregos, diretos e indiretos, bem como impostos e não é possível que nós, pessoas físicas, protetoras independentes, as ONGs que vivem de brechós tenham que pagar a conta. Então, vamos criar um Conselho para ajustar, para colaborar nessas decisões que estão muito deficientes em nossa Cidade. Obrigada.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Em votação nominal, solicitada pelo Ver. João
Carlos Nedel, o PLCL nº 019/13. (Pausa.) (Após a apuração nominal.) Treze
Vereadores presentes. Não há quórum.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro – às 16h23min): Encerrada a Ordem do Dia.
Passamos à
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
(05 oradores/05 minutos/com aparte)
1ª SESSÃO
PROC.
Nº 3136/13 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 354/13, de autoria do Ver. Alberto Kopittke, que
estabelece a obrigatoriedade da substituição imediata das bicicletas do Sistema
Bike POA do Município de Porto Alegre, em caso de avaria ocorrida durante o
processo de locação.
PROC.
Nº 1480/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 139/14, de autoria do Ver. Idenir Cecchim, que
institui o Programa de Compensação Vegetal, no âmbito do Município de Porto
Alegre, e dá outras providências.
PROC.
Nº 1596/14 – PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 017/14, de autoria do Ver. Marcelo Sgarbossa,
que altera o § 2º do art. 32 da Lei Complementar nº 626, de 15 de julho de 2009
– que institui o Plano Diretor Cicloviário Integrado e dá outras providências
–, alterada pela Lei Complementar nº 710, de 18 de fevereiro de 2013, incluindo
a construção, a reforma e a manutenção de estruturas físicas para a prática de
esporte com bicicleta no rol em que deverá ser aplicado, no mínimo, 20% (vinte
por cento) do montante arrecadado com multas de trânsito.
PROC.
Nº 1705/14 – PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 158/14, de autoria do Ver. Mesa Diretora, que
extingue, quando vagar, o cargo efetivo de Oficial de Manutenção, código
1.1.1.4a.5, do Quadro dos Cargos Efetivos da Câmara Municipal de Porto Alegre,
constante do art. 9º da Lei nº 5.811, de 8 de dezembro de 1986, e alterações posteriores,
e dá outras providências.
PROC. Nº 2061/14 –
PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO Nº 196/14, de autoria do Ver. João Carlos Nedel, que denomina Rua
Doutor Sérgio de Figueiredo o logradouro público cadastrado conhecido como Rua
5106 – Loteamento Portal do Guarujá 2 –, localizado no Bairro Guarujá.
2ª SESSÃO
PROC. Nº 1221/14 –
PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO LEGISLATIVO Nº 013/14, de autoria do Ver. João Derly, que inclui
incs. V, VI e VII no § 1º do art. 1º da Lei Complementar nº 618, de 10 de junho
de 2009, alterada pela Lei Complementar nº 675, de 22 de junho de 2011,
incluindo as quadras esportivas, as academias de saúde e as pistas de corrida
no rol de equipamentos públicos e de verdes complementares passíveis de serem
adotados.
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): A Ver.ª Sofia Cavedon está com a palavra para
discutir a Pauta.
A SRA. SOFIA
CAVEDON: Ver. Mauro Pinheiro, Sras. Vereadoras e Srs. Vereadores, em pauta uma
proposição do Ver. Alberto Kopittke, que estabelece a obrigatoriedade da
substituição imediata de bicicletas do sistema Bike Poa de Porto Alegre no caso
de avaria ocorrido no processo de locação. Eu quero comentar e dizer que isso é
o óbvio; a gente não precisa e não pode ter, numa concessão pública nas ruas de
Porto Alegre, depósitos de bicicletas, bicicletas servidas aos usuários sem
plenas condições. Solicitamos cópia à Prefeitura de Porto Alegre do processo de
concessão, e a Bike Poa não tem nenhuma contrapartida pública a não ser o
serviço prestado. É bom que a população saiba que aquele serviço é explorado de
forma privada, e ponto. A Prefeitura concede áreas públicas, as bicicletas são
alugadas e a Bike Poa fica com receita e faz o investimento. Nós fizemos uma
proposta que deve entrar em pauta na sequência, que é a de que cada estação
Bike Poa tenha algumas vagas para as bicicletas de propriedade dos cidadãos,
porque a gente está sentindo dificuldade em estacionamentos seguros para
bicicletas em Porto Alegre. As pessoas estão começando a usar mais bicicletas,
deixam em qualquer lugar, não conseguem um estacionamento de bicicleta com
algum tipo de arcabouço de segurança. Parece-me que as estações de
bicicleta da Bike Poa já começam a ser respeitadas e frequentadas por quem
utiliza bicicleta. Portanto, uma contrapartida, já que esse sistema não tem
nenhuma contrapartida pública, pode ser a disponibilização de vagas para
estacionar as bicicletas particulares. Estou propondo isso, é um projeto de lei
que começa a se processar nesta Casa.
E o outro projeto que no início do ano nós fizemos debate – eu sei que é controverso, é complicado, no conjunto das Comissões uma Comissão empatou, portanto ele vem a plenário – não está sendo muito bem aceito, é a disponibilização de capacetes no sistema Bike Poa. Foi uma iniciativa que tomei, porque tenho observado cada vez mais as pessoas andando nas bicicletas laranjinhas, acho que 99% andam sem capacete. O capacete não é obrigatório? O risco que as pessoas estão correndo nas ruas de Porto Alegre, andando de bicicleta sem capacete, é um risco desnecessário. Não me parece absurdo nem impossível que o Bike Poa forneça capacetes para quem quiser utilizá-los.
Eu gostaria de trazer essas reflexões, porque acho
que são iniciativas que procuram aprimorar cuidados, condições e confortos para
o uso de bicicletas em Porto Alegre. Iniciativas que eu espero que estimulem o
uso, mas que não causem maiores acidentes, que não submetam às pessoas a
condições mais graves ao se acidentarem por andarem com um equipamento menos
protetivo do que um carro ou mesmo um transporte coletivo. Parece que a
combinação desses cuidados pode resultar numa cidade mais harmoniosa, mais
cuidadosa, mais receptiva com os ciclistas. A nossa Cidade tem o privilégio de
ter uma quantidade muito grande de cicloativistas que estão dando lições para o
mundo, que rodam e incidem sobre essa política no mundo inteiro, mesmo sendo
uma Cidade ainda muito agressiva no trânsito.
Então, esse olhar que a Câmara pode dar para o
ciclismo, para os cicloativistas é um olhar de uma Câmara que está atenta às
manifestações sociais e às novas formas de relação, de circulação, de
manifestação da juventude da nossa Cidade. Isso significa uma Câmara viva,
representativa, realmente, da democracia.
(Não revisado pela oradora.)
O SR.
PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): O Ver. Idenir Cecchim está com a palavra para
discutir a Pauta.
O SR. IDENIR
CECCHIM: Sr. Presidente, Sras. Vereadoras, Srs. Vereadores, o projeto de lei que
eu gostaria de comentar hoje é de minha autoria, Ver. Delegado Cleiton, que
nada mais é do que, quando há pedido de compensação vegetal, plantem-se, nas
nossas avenidas, ruas e locais públicos de Porto Alegre, no mínimo 30% de
árvores frutíferas. Nós temos grandes locais com árvores de sombra, o que é
muito bom, mas por que não termos, por exemplo, na Av. Ipiranga e em outras
avenidas, laranjeiras, bergamoteiras, macieiras, árvores de outras frutas. Aí o
pessoal diz: “O pessoal vai pegar as frutas.” Que pequem! É para isso mesmo que
se plantam árvores frutíferas, para que a população possa desfrutar – este é o
termo: desfrutar – das frutas que estão no passeio público.
Eu me inspirei numa avenida importante na cidade de
Assunção, no Paraguai. Lá há uma avenida enorme, com muitas laranjeiras que,
quando florescem, a sua flor é enigmática, tem um perfume fantástico, e,
durante a época das frutas, é fantástico ver as pessoas apanhando as laranjas
nas ruas. Imaginem vocês aqui poderem pegar uma goiaba... ou qualquer fruta!
Nós temos essas árvores frutíferas que, além de darem a sombra que nós
precisamos, de regularem a temperatura, elas produzirão frutos para que as
pessoas, na sombra, possam se deliciar com isso.
Então, é um projeto singelo, mas muito importante para a cidade de Porto Alegre: aproveitar as terras públicas para produzir frutas para quem passar embaixo do pé. Quando elas estiverem maduras, ou como quiserem, as pessoas as aproveitarem; não para serem vendidas, não para serem compradas. Essa é uma árvore que é da população. Se alguém quiser adotar, imagina só, alguém adotar vários pés de fruta plantados nas vias públicas, para colher frutas para si? Não, colher para toda população que embaixo passar. Então, o projeto é simples. Eu tenho certeza que a tramitação correrá normalmente aqui na Câmara. Quando vier a plenário, eu voltarei a falar sobre o assunto para pedir o apoio dos colegas, para teremos, na cidade de Porto Alegre, que já é uma cidade muito arborizada, um diferencial: uma cidade arborizada que tem muitos pés de fruta plantados no passeio público, nas praças, nos locais onde se exige compensação vegetal. Que se exija na forma de árvores frutíferas! Acho que é um projeto interessante para a Cidade e um diferencial para que a população possa ter proveito do que essas árvores vão produzir. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE
(Mauro Pinheiro): O Ver.
Delegado Cleiton está com a palavra para
discutir a Pauta. (Pausa.) Desiste. O Ver. Marcelo Sgarbossa está com a palavra para discutir a Pauta.
O SR. MARCELO
SGARBOSSA: Fiz questão
aqui de discutir o projeto num simbolismo muito grande da nossa Cidade, porque
discutimos bastante sobre o fundo para as ciclovias e para as campanhas
educativas. A Prefeitura acabou sendo condenada na Justiça, o Município de
Porto Alegre, por não cumprir a destinação dos 20% do que se recolhe em multas
de trânsito para as campanhas educativas e para a construção de ciclovias. O
Município tem alegado que tem muito dinheiro para isso, dinheiro demais,
dinheiro sobrando e diz que para fazer ciclovias não é bem assim, que temos que
fazer aos poucos, que a Cidade está consolidada. Esses são os argumentos
usados, revelando a lógica de não querer tirar o espaço do trânsito dos
veículos automotores, das pessoas que dirigem – esses veículos não são seres
animados, existem pessoas que os dirigem – e que ocupam um espaço hoje, na
atualidade, exagerado. As políticas deveriam ser de desestímulo ao uso do
veículo, ao uso; quero deixar claro que não é um problema ter o veículo. E
sempre faço questão de dizer que sou proprietário de um automóvel. Ele é
cômodo, ele se justifica, mas não o utilizo diariamente, porque faço as coisas
na minha vida de uma forma que sejam próximas, para isso utilizo muito a
bicicleta.
Não vou ficar falando do meu caso aqui. O fato é
que entra aqui, em 1ª Sessão de Pauta, em discussão preliminar, este Projeto de
Lei diz que além dos programas educativos e construção de ciclovias, esses
recursos poderão ser usados na construção, na reforma e na manutenção de
estruturas físicas para a prática de esportes com bicicleta, tais como
velódromo, trilhas de mountain bike,
pistas de bicicross, rotas cicloturísticas e downhill. Aqui nós estamos oferecendo uma contribuição ao Executivo
para dizer que o recurso pode ser utilizado para incentivar, através do
esporte, do lazer e do turismo, o uso da bicicleta. Em vários lugares do mundo
se comprovou que as pessoas que utilizam a bicicleta como lazer, inicialmente,
depois começam a se perguntar por que não é possível utilizá-la no dia a dia.
Claro que aí faltam condições viárias seguras, faltam ciclovias que deem a
garantia de a pessoa chegar ao seu local de trabalho, ao local de estudo, com
segurança.
Vejam o que estamos colocando aqui, como a construção de velódromos e pistas, algumas existem na Cidade, muito precárias. Em Porto Alegre, no final do século passado, existiam dois grandes clubes que tinham seu respectivo velódromo; isso lá pelos anos de 1910. Em 1900 foi inaugurado um dos velódromos da União Velocipédica de Porto Alegre. Então, a bicicleta estava na cultura da Cidade, não como instrumento de mobilidade urbana, mas ligada ao esporte, fruto da influência europeia. Claro que nos anos da industrialização, da indústria automobilística, tirou-se esse espaço e colocou-se o automóvel no lugar do uso do transporte não motorizado.
Estamos aqui oferecendo uma possibilidade de o
Executivo ter mais um destino dos recursos para incentivar o esporte. Nem vou
falar aqui dos benefícios do esporte, mas o esporte, o lazer e o turismo podem
atrair pessoas para a prática e a utilização da bicicleta, como um instrumento
da mobilidade diária. Então, com grande satisfação, esperamos a base do Governo
concorde, pois aqui há sempre uma questão-chave na tramitação dos projetos é
quem propõe; muitas vezes, quem propõe se sobrepõe ao mérito da proposta.
Então, se não for da situação, se não for da oposição – aqui, no caso, a
oposição é uma minoria -; então, ela é constantemente... Como vimos na tarde de
hoje, o Estatuto do Pedestre sendo revogado, esse tempo maior de travessia, de
garantia pelo menos de 30 segundos de travessia, fruto da base governista, que
tem ampla maioria e consegue impor a sua vontade. Aqui é mais um projeto que
não vincula, simplesmente dá uma outra possibilidade de destinação dos 20% das
multas, claro que a prioridade são as campanhas educativas e a construção de
ciclovias. Então, segue o debate na Câmara. Muito obrigado.
(Não revisado pelo orador.)
O
SR. PRESIDENTE (Mauro Pinheiro): Estão encerrados os trabalhos da presente Sessão.
(Encerra-se a Sessão às 16h38min.)
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